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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Vereador de Araputanga é preso pela Policia Civil em Operação Poeira Branca/Rota Tripla




A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, deflagrou na manhã desta quinta-feira (14) duas operações, que culminaram no cumprimento de 24 mandatos prisão preventiva contra membros de duas organizações criminosas investigadas por tráfico de drogas interestadual.
Denominadas “Poeira Branca” e “Rota Tripla”, as ações apuravam duas organizações criminosas responsáveis pelo abastecimento de drogas em cinco estados, dentre eles Mato Grosso, que, por fazer fronteira com a Bolívia, era utilizado como porta de entrada dos entorpecentes. 

De acordo com informações da DRE, um dos envolvidos com uma das quadrilhas seria o vereador da cidade de Araputanga, Gilmar de Souza Silva (DEM). Gilmar foi preso nesta manhã acusado de ser intermediador do grupo de traficantes desmontado pela “Poeira Branca”. 

As investigações apontam que o vereador era responsável por auxiliar a organização na troca de maquinários agrícolas, como tratores roubados ou furtados no estado de São Paulo, por drogas na fronteira do estado. A polícia ainda não informou ao certo de que maneira o parlamentar prestava o apoio. 

Ação da organização 

Com um núcleo fornecedor de drogas na fronteira de Mato Grosso, a quadrilha atuava no comércio de entorpecentes no comércio de entorpecentes nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pernambuco.

O grupo realizava o roubo dos maquinários agrícolas em São Paulo e traziam para Mato Grosso, onde efetuavam a troca por pasta base de cocaína. As máquinas avaliadas em cerca de R$ 150 mil eram negociadas por valores médios de R$ 30 mil, convertidos em tabletes de pasta base. 

Dois desses carregamentos de cocaína, um de 20 quilos apreendido em Mirassol D’ Oeste e outro de 15 quilos no município de São José dos Quatro Marcos, foram interceptados nas investigações pela Polícia Civil, além de uma espingarda e uma pistola calibre 45.

Organizações articuladas

O delegado da DRE, Juliano Carvalho, explicou que as duas organizações criminosas são distintas e agiam cada uma dentro do esquema do tráfico de drogas montado na fronteira. “Ambas começaram com denúncias anônimas. Nossos policiais fizeram o acompanhamento da situação que veio a desencadear nas apreensões e agora nessa operação”, disse.

Conforme o delegado, a operação “Rota Tripla” conseguia movimentar mais de 200 quilos de cocaína por mês, o equivalente a R$ 1,2 milhão. Os envolvidos, segundo Juliano Carvalho, são empresários da região de fronteira e de Cuiabá, apontados como os lideres do tráfico, que contavam com auxílio de pessoas desempregadas e de baixa instrução para o transporte do entorpecente ocultado em veículos.

“A droga era levada para alguma chácara na fronteira, armazenada e na medida que chegava os pedidos de entorpecentes, os carros eram preparados nos conhecidos mocó e depois pintados. O serviço de funilaria era muito bem feito ao ponto que uma fiscalização jamais detectaria a presença de droga no veículo”, destacou Juliano.

Para a operação foram empregados cerca de 120 policiais civis da Diretoria de Atividades Especiais, das Diretorias do Interior, por meio das Regionais de Cáceres, Rondonópolis e Alta Floresta, e Diretoria Metropolitana, por meio da Regional Várzea Grande, e apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Autor: O Documento
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